PROPEDÊUTICA DOS CONCEITOS DE “BOM” E “MAU” A PARTIR DAS OBRAS GENEALOGIA DA MORAL E O ANTICRISTO DE NIETZSCHE
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i1.107Palavras-chave:
moral de senhor, moral de escravos, genealogia, axiologiaResumo
O presente artigo analisa algumas possibilidades de interpretação acerca dos conceitos “bom” e “mau”. Para isso, tomamos como fundamentação teórica as obras Genealogia da Moral (1887) e O anticristo (1888), de Friedrich Nietzsche. Essa abordagem, consequentemente, contesta a ideia de que existem valores “em si” (i.e., valores supremos, eternos, imutáveis), como pressuponha a tradição filosófica ocidental, pautada nas doutrinas de Platão e do Cristianismo. O “maldito” Nietzsche, homem de palavras incisivas, nos oferece uma análise cuja “métrica” é a valorização da vida enquanto movimento e potência, contrariando as metafísicas que colocam o “além-mundo” como sendo o verdadeiro, e este mundo – o único existente – em uma posição de inferioridade. Nesse sentido, pelo fato de não existirem valores “em si”, toda moral brota de um chão: o da imanência. Isto conduz a duas questões importantes para a nossa reflexão: como nascem os valores morais? Qual é o valor dos valores? Considerando que a cultura ocidental é forjada pelos ideais platônicos e cristãos, buscamos analisar o nascimento da moralidade vigente a partir da tensão entre a classe aristocrática e a classe sacerdotal nas culturas antigas.
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