ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DOS MOVIMENTOS PUNITIVISTAS
NOTAS SOBRE A ADESÃO DAS MASSAS AO AUTORITARISMO ENCARCERADOR
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.123Palavras-chave:
Punitivismo, Autoritarismo, Teoria Crítica, PsicanáliseResumo
Este ensaio propõe uma apresentação da criminologia crítica com raízes nos estudos da Teoria Crítica do Instituto de Pesquisa Social da Escola de Frankfurt. Diante de um cenário de crise do sistema carcerário brasileiro, do aumento progressivo da população prisional e da defesa cada vez mais relevante da violência policial e de medidas extremas de punição, registrada em pesquisas recentes, objetiva-se problematizar elementos objetivos e subjetivos que se imbricam na demanda das massas por repressão. Desse modo, recorre-se ao referencial de Rusche e Kirchheimer, Adorno e Horkheimer e da psicanálise contemporânea, na intenção de pontuar vértices de análise que complexificam a problemática e apontam para uma realidade de conflito entre um Estado dito ressocializador e democrático e um clima social avesso a um estereótipo de “criminoso” estabelecido culturalmente e necessário para a manutenção de movimentos autoritários. Compreende-se que o modelo de racionalidade, o anseio pela dominação da natureza e o mal-estar contemporâneo, em suas raízes filosóficas, sociais e psicodinâmicas, corrobora a adesão ao ódio generalizado perpetrado pelos movimentos punitivistas.
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