ENTRE CIÊNCIA E SENTIDO
A RUPTURA DE FARIAS BRITO COM O POSITIVISMO
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.124Resumo
A filosofia de Raimundo Farias Brito se afirma, antes de tudo, como reação às correntes dominantes de seu tempo, em especial ao positivismo e ao cientificismo monista, cuja pretensão de reduzir o pensamento ao domínio técnico-científico é frontalmente recusada. Contra esses sistemas, Brito defende que a filosofia só encontra legitimidade quando interroga os princípios últimos da realidade, tarefa que apenas a metafísica pode cumprir. Sua crítica à modernidade não se limita, contudo, à denúncia das insuficiências do positivismo: ela se estende também ao criticismo kantiano, ao qual opõe uma tentativa de restaurar a unidade do saber. Nesse itinerário, a metafísica surge não como tema periférico, mas como eixo estruturante da razão, da moral e da própria possibilidade do filosofar. Com base na análise de textos fundamentais e em diálogo com intérpretes, o artigo mostra como Brito empreende um esforço singular de reconciliação entre ciência, ética e metafísica. Conclui-se, assim, que em sua obra a metafísica desperta como fundamento da busca filosófica por sentido.
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