MOSTRAR O INDIZÍVEL

A LINGUAGEM DO CINEMA POR EVALDO COUTINHO

Autores

  • Roberty Vieira Santos Filho Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.125

Palavras-chave:

cinema; language; aesthetics; Evaldo Coutinho; philosophy of art. 1 Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Resumo

Neste artigo, buscamos conceituar a linguagem cinematográfica segundo a elaboração teórica  de Evaldo Coutinho. Considerando o pouco reconhecimento do filósofo recifense pelo grande  público, propomos uma análise exegética de seus principais conceitos estéticos. Em um  primeiro momento, apresentamos seu projeto estético-filosófico, com ênfase na teoria das  matérias exclusivas das artes, destacando a relação entre intuição e matéria, bem como o papel  do criador na determinação do tema que estrutura a obra. Em seguida, examinamos aspectos  centrais de sua teoria do cinema, como a função do cenarista enquanto filósofo-artista portador  de uma visão cosmogônica, os recursos da câmera para a exposição dessa visão, a noção de  subentendimento como valor intelectual do cinema, além do papel alegórico do ator e do  significado filosófico que apenas o cinema é capaz de exprimir. Por fim, esperamos contribuir  para a nova avaliação que o lugar do cinema adquire na filosofia coutiniana, ressaltando seu  valor estético e a força disruptiva de sua concepção, que desafia e reconfigura os modos  tradicionais de compreender, filosoficamente, a sétima arte.

Publicado

2025-12-24

Edição

Seção

DOSSIÊ: FILOSOFIA BRASILEIRA