A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DO RECIFE

Autores

  • Alfredo de Oliveira Moraes Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.127

Palavras-chave:

Escola do Recife; Escola Filosófica; Pensamento Filosófico.

Resumo

O texto desenvolve uma reflexão filosófica e histórico-crítica sobre a Escola do Recife, compreendida como a primeira escola sistemática do pensamento filosófico em solo brasileiro. Partindo da necessidade de recuperar historicamente o sentido e a importância de uma escola filosófica, o autor defende que a filosofia se realiza inseparavelmente de sua história e que a apropriação crítica desse legado é condição para seu devir contemporâneo. Nesse horizonte, a Escola do Recife é analisada como um movimento intelectual marcado pelo debate, pela abertura ao pensamento alemão — especialmente mediado por Tobias Barreto e Sílvio Romero — e pelo compromisso com as urgências políticas, jurídicas e sociais de seu tempo, como a abolição da escravidão, a cidadania e a ampliação dos direitos. Por meio de um diálogo com a tradição filosófica, que remonta à Escola de Mileto e ao modelo dialógico mestre-discípulo, o texto sustenta que a Escola do Recife instaurou no Brasil um modo de filosofar crítico, histórico e engajado. Por fim, problematiza-se a exclusão dessa tradição dos currículos de Filosofia, apontando fatores como preconceitos regionais, raciais, políticos e econômicos, bem como estratégias de dominação cultural, defendendo a necessidade de reatualizar a Escola do Recife no século XXI como tarefa filosófica e formativa.

Biografia do Autor

Alfredo de Oliveira Moraes, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

Doutor em Filosofia pela UFRGS, Professor Titular da Universidade Federal de Pernambuco, aposentado, membro do corpo docente do Mestrado Profissional de Filosofia – Núcleo UFPE.

Publicado

2025-12-24

Edição

Seção

DOSSIÊ: FILOSOFIA BRASILEIRA