A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DO RECIFE
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.127Palavras-chave:
Escola do Recife; Escola Filosófica; Pensamento Filosófico.Resumo
O texto desenvolve uma reflexão filosófica e histórico-crítica sobre a Escola do Recife, compreendida como a primeira escola sistemática do pensamento filosófico em solo brasileiro. Partindo da necessidade de recuperar historicamente o sentido e a importância de uma escola filosófica, o autor defende que a filosofia se realiza inseparavelmente de sua história e que a apropriação crítica desse legado é condição para seu devir contemporâneo. Nesse horizonte, a Escola do Recife é analisada como um movimento intelectual marcado pelo debate, pela abertura ao pensamento alemão — especialmente mediado por Tobias Barreto e Sílvio Romero — e pelo compromisso com as urgências políticas, jurídicas e sociais de seu tempo, como a abolição da escravidão, a cidadania e a ampliação dos direitos. Por meio de um diálogo com a tradição filosófica, que remonta à Escola de Mileto e ao modelo dialógico mestre-discípulo, o texto sustenta que a Escola do Recife instaurou no Brasil um modo de filosofar crítico, histórico e engajado. Por fim, problematiza-se a exclusão dessa tradição dos currículos de Filosofia, apontando fatores como preconceitos regionais, raciais, políticos e econômicos, bem como estratégias de dominação cultural, defendendo a necessidade de reatualizar a Escola do Recife no século XXI como tarefa filosófica e formativa.
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