DISPOSITIVO DE RACIALIDADE E OS MECANISMOS DE PODER DA BRANQUITUDE
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.129Resumo
Nas sociedades estruturadas pelo racismo o indivíduo branco é posto como padrão de ser humano universal e sua racialidade é invisibilizada. A branquitude é constituída a partir de relações de poder que estabelecem uma ordem racial na qual o branco representa o ideal civilizatório a ser seguido, imputando-lhe valor simbólico e material. Para analisar essas relações de poder e dominação racial, a filósofa Sueli Carneiro adota o conceito Dispositivo de racialidade, em consonância com o arcabouço conceitual da filosofia de Michel Foucault acerca dos dispositivos de poder. O Dispositivo de racialidade opera a partir de mecanismos de poder que engendram o Ser pleno ou Ser hegemônico, isto é, o sujeito dotado de razoabilidade, normalidade e universalidade identificado historicamente com o homem branco europeu (CARNEIRO, 2023). Através da raça, o dispositivo de racialidade demarca o sujeito evidenciando o seu valor, a medida de sua humanidade. Na perspectiva dos Estudos Críticos da Branquitude, este trabalho busca compreender quais os mecanismos de poder do Dispositivo de racialidade que operam a partir das características da branquitude brasileira.
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