DISPOSITIVO DE RACIALIDADE E OS MECANISMOS DE PODER DA BRANQUITUDE

Autores

  • Caio César Bispo Teodoro Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.129

Resumo

Nas sociedades estruturadas pelo racismo o indivíduo branco é posto como padrão de ser humano universal e sua racialidade é invisibilizada. A branquitude é constituída a partir de relações de poder que estabelecem uma ordem racial na qual o branco representa o ideal civilizatório a ser seguido, imputando-lhe valor simbólico e material. Para analisar essas relações de poder e dominação racial, a filósofa Sueli Carneiro adota o conceito Dispositivo de racialidade, em consonância com o arcabouço conceitual da filosofia de Michel Foucault acerca dos dispositivos de poder. O Dispositivo de racialidade opera a partir de mecanismos de poder que engendram o Ser pleno ou Ser hegemônico, isto é, o sujeito dotado de razoabilidade, normalidade e universalidade identificado historicamente com o homem branco europeu (CARNEIRO, 2023). Através da raça, o dispositivo de racialidade demarca o sujeito evidenciando o seu valor, a medida de sua humanidade. Na perspectiva dos Estudos Críticos da Branquitude, este trabalho busca compreender quais os mecanismos de poder do Dispositivo de racialidade que operam a partir das características da branquitude brasileira.

Biografia do Autor

Caio César Bispo Teodoro, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

Doutorando PPGFIL

Publicado

2025-12-24

Edição

Seção

DOSSIÊ: FILOSOFIA BRASILEIRA