INDIGENATO ENQUANTO UMA QUESTÃO FILOSÓFICA
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.132Palavras-chave:
Rosto. Desejo. Alteridade. Corporeidade. Indigenato.Resumo
Tem-se em vista reunir categorias que possibilitem interpretar a filosofia da diferença desde um ponto de vista afro-indígena utilizando-se das análises levinasianas sobre habitação, trabalho e corporeidade e de pensadores brasileiros que recepcionaram algumas questões levantadas pela filosofia convencional como Davi Kopenawa, Ailton Krenak, Eduardo Viveiro de Castro e Darcy Ribeiro. Levinas tornou-se bastante conhecido por desenvolver uma filosofia que tem como ponto de partida as relações interpessoais elaborando um conjunto de conceitos que giram em torno da ideia de alteridade. Apesar da sua forte relação com a ética, o que nos interessa no seu trabalho é a relação entre as categorias de rosto, expressão e sensibilidade. Além do caráter social destas relações, levinas defende que há a manutenção de um sistema ou estrutura de pensamento que se realiza na medida em que discrimina a diferença ou a pluralidade em nome do caráter universal da razão, mas na contramão, segundo parece, de algumas antíteses ao pensamento ocidental que se sustentaram a partir de uma mera oposição ao pensamento cognitivo. Em “Totalidade e Infinito” Levinas elabora, a partir dos seus estudos fenomenológicos, um conjunto de relações que foi denominado “modos de identificação”, a partir dele categorias como habitação, territorialidade e trabalho serão pensadas.
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