CRISE EXISTENCIAL, NARRATIVA E MODERNIDADE
UMA REFLEXÃO CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v3i2.140Palavras-chave:
Crise existencial, Narrativa, Modernidade digital, Autenticidade, Redes sociaisResumo
O presente trabalho propõe uma reflexão crítica sobre a crise existencial, a perda de profundidade narrativa e os impactos da hipermidiatização na subjetividade contemporânea. Inspirado por uma trajetória pessoal e teórica, o ensaio articula os pensamentos de Jean-Paul Sartre, Byung-Chul Han e Miroslav Milovic para compreender como a aceleração digital, o culto à performance e a lógica algorítmica afetam o modo como vivemos, sentimos e nos relacionamos. Sartre, em A Náusea, denuncia o absurdo da existência e o vazio de sentido num mundo sem essência prévia. Han, por sua vez, em A Sociedade do Cansaço e A Crise da Narração, aponta a exaustão subjetiva causada pela pressão por exposição constante e pela fragmentação do tempo. Já Milovic, em Comunidade da Diferença, convida à construção de comunidades baseadas na escuta e no reconhecimento da alteridade. O trabalho defende que a superexposição digital substitui a experiência pela imagem, esvaziando a capacidade de narrar com profundidade. Ao final, propõe como resistência o resgate da escuta, da convivência com a diferença e da autenticidade como formas de reencontrar o sentido em meio ao caos contemporâneo. Narrar, nesse contexto, torna-se um gesto de resistência e uma forma de permanecer humano.
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