O SUJEITO SEMIÓTICO
UM POSSÍVEL CAMINHO PARA A DEMOCRACIA
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v1i1.6Resumo
Por um lado, as estruturas modernas pregam um sujeito individual, dotado de razão e, portanto, um ser humano que se diferencia do resto do mundo por esta capacidade. Por outro lado, elas solapam qualquer perspectiva de ação realmente transformadora, pois suas instabilidades resultam em uma antinomia do sujeito. Este trabalho, portanto, tenta entender como é possível resgatar a noção de identidade do sujeito na modernidade, a partir das reflexões apresentadas por Miroslav Milovic a fim de que sejam superadas estas mazelas que individualizam e removem o poder dos sujeitos de constituírem uma democracia verdadeira. A discussão não chega ao campo da filosofia política, mas se mantém no campo da metafísica tentando entender uma concepção de sujeito que possibilite a superação da modernidade. A alternativa apresentada é a de ser humano como um animal semiótico, a partir das reflexões de John Deely sobre a semiótica de Peirce e a noção de sujeito. O sujeito semiótico é o ser que não se compreende afastado ou isolado do mundo e de seus pares, mas que só é realizado na relação entre sujeitos. A identidade possível para uma pós-modernidade é uma identidade que coletiviza e não individualiza. A democracia aparece como consequência da participação deste sujeito em um movimento rumo à razão, que em Peirce não é o mesmo que entendemos por racionalidade em Descartes.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Lucas Justino
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.