A DOMINAÇÃO IDENTITÁRIA DO CAPITAL COMO UM IMPEDIMENTO À DEMOCRACIA
DOI:
https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v2i2.83Palavras-chave:
Capitalismo, Modernidade, Democracia, DiferençaResumo
Este artigo refere-se a uma análise da obra Comunidade da Diferença (2004), escrita pelo filósofo Miroslav Milovic (1955-2021). Foi realizado um estudo, baseado na obra de Milovic, sobre a viabilidade da democracia. A principal preocupação deste texto é assegurar que o projeto democrático, trabalhado por Milovic na Comunidade da Diferença, não pode ser executado, enquanto a humanidade estiver sob o domínio da economia política do capital. Será trabalhado, em uma ordem cronológica, três meios de dominação capitalista. São eles: contratualismo, propriedade privada e neoliberalismo. Estes foram meios de dominação que amadureceram a estrutura da economia capitalista e, por conseguinte, desmantelaram toda a capacidade de mobilização da humanidade, frustrando assim a democracia pretendida pela modernidade. Além disso, o artigo passará pelo pensamento do filósofo alemão Friedrich Hegel (1770-1831), que soube tão bem apontar, desde cedo, as deficiências da modernidade, principalmente a sua crítica acerca do contratualismo. E, por último, após serem discutidos os três meios de dominação da economia do capital e a crítica hegeliana ao contratualismo, será comentado, ao final, duas visões básicas para se afirmar a diferença (submissos do capital) e fugir da negação exercida pelo capitalismo. A primeira visão seria enxergar nos submissos a verdadeira possibilidade de mudança. E a segunda visão, por fim, seria admitir o existente domínio capitalista. Domínio este que não flerta, em momento algum, com a democracia, inviabilizando assim uma comunidade da diferença.
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