A IDEIA DE UMA NEUROFILOSOFIA DO BRASIL

Autores

  • Alisson Brandemarte Moreira Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46550/cadernosmilovic.v2i2.84

Palavras-chave:

Liberdade, Pensamento, Unidade, Neurofilosofia, Miroslav Milovic

Resumo

A Neurofilosofia do Brasil pode ser descrita como uma ponte, traçada por intermédio de questões relativas à liberdade e ao processo cognitivo do pensar, entre a Neurofilosofia e a “Filosofia do Brasil”. Para formular essa ideia, inicialmente, uma análise crítica da “Neurophilosophie der Willensfreiheit”, de Henrik Walter, será realizada, passando por dois grandes pilares, a saber, o modelo de três componentes de Seebass e a neurofilosofia mínima, em direção à tese central de que há uma unidade da comunicação entre diferentes soluções ao problema da liberdade da vontade e as mais diversas neurofilosofias. Na segunda seção, uma crítica será feita a essa tese por meio das utilizações contraditórias entre si do termo ‘pensamento’, que conferem a esse conceito vagueza e, portanto, ausência de unidade conceitual. Determina-se, a partir disso, a importância da unidade conceitual para a unidade da própria neurofilosofia da liberdade da vontade, na medida em que o modelo de três componentes, em união com a neurofilosofia mínima, permite essa comunicação: Sem unidade conceitual do pensamento, não há unidade na neurofilosofia da liberdade da vontade. Por fim, na terceira seção, será brevemente discutida uma proposta revisionista do conceito de pensamento por meio da convergência entre estudos sobre o pensamento nos âmbitos da esquizofrenia, de indivíduos saudáveis, e da filosofia analítica, além das consequências diretas desta investigação para a análise da liberdade do pensamento brasileiro, que aparenta ser o cerne das problemáticas de “Filosofia do Brasil”, em diálogo com algumas ideias centrais de Miroslav Milovic.

Publicado

2024-12-30

Edição

Seção

ARTIGOS